Não, meu amor, já não importa o que você acha. Levante. Vamos! Olhe pra mim com seus olhinhos tristonhos e me dê a chance de lhe mostrar. Deixe. Eu cuido das lágimas. Não se importe com isso. Você acha mesmo que eu a amo de uma maneira louca e peculiar? Achou mesmo? Não, meu amor. Isso não é o amor. O que eu já fiz por você? Eu não fiz nada. Sim. Eu sei, sei...Mas não fiz nada de importante, de substancial. Nunca me sacrifiquei por você. Nunca abandonei o que estava fazendo para lhe oferecer o meu melhor. Você nem ao menos sabe a diferença entre o caos e a harmonia! Entre a sinceridade e a rispidez! É isso...Você não sabe. Você nem imagina o que pode ser o meu melhor. Você nunca me deixou descobrir. Eu lhe mostro o meu pior e você gosta porque diz que me entende. O amor não é sagrado, não é intocável. Não. Você não me entende. Ninguém se conhece pelo pior. Você apenas me REconhece. E sabe porquê? Porque só aquilo que amadurece pode apodrecer; e você nunca me deixou apodrecer, meu amor. Por favor. Eu quero apodrecer! Me deixe descobrir o que sobra quando tudo em mim terminar, quando tudo virar pó, quando já não existir mais a minha sombra. Essa sombra que me persegue e que, essa sim, você conhece bem. Você ama minha sombra, meu amor. Sinto lhe dizer...sinto tê-la enganado por tanto tempo, mas...Você não me ama. Eu sei, seu sei. Dói. Está doendo muito. Dói descobrir que você não me ama, que tudo foi engano...Tanto tempo perdido. Sinto muito, meu amor, sinto muito...
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